DO BEM: professor funda instituição sem fins lucrativos para oferecer educação, arte e cultura



DO BEM: professor funda instituição sem fins lucrativos para oferecer educação, arte e cultura

Antônio Eduardo Lourenço, criador do Celeiro de Artes

  • A notícia foi escrita pela equipe da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Jales e é daquelas que merece ser lida e compartilhada pelo maior número de pessoas do bem e que torcem por um mundo melhor. Vem junto saber.
    Quem nunca se emocionou vendo o sorriso estampado no rosto de uma criança? A esperança no olhar de quem pensou que tudo havia se perdido, mas encontrou um caminho com luz para seguir em frente? São exatamente essas emoções que vem à tona quando se entra no Celeiro de Artes, projeto fundado pelo professor de Artes Antônio Eduardo Lourenço, depois de muito suor e garra. Eduardo, como é mais conhecido, trabalha com cultura há muitos anos. Como diretor de teatro possui trinta anos de experiência, em direção teatral e roteirização de peças. Além das aulas de teatro, já trabalhou na Secretaria de Cultura de Votuporanga durante onze anos, seis meses no Ministério da Cultura e dezesseis anos na Secretaria do Estado de Cultura de São Paulo, onde atualmente é capacitador.
    A idealização do projeto era um sonho antigo do professor, que se concretizou no dia 12 de outubro de 2018. Hoje, o Celeiro possui quatro profissionais que dão aulas gratuitamente. A escola de artes oferece cursos de desenho livre, pintura com lápis de cor, flauta doce e teatro voltado para crianças. Aulas como bordado em chinelo, customização de roupas com pedrarias, decoupage, até uma contadora de histórias também fazem parte da grade de cursos. Aulas no estilo mangá e desenho realista entrarão no projeto de ensino assim que o traço dos alunos, que ainda estão no processo de aprendizagem amadurecer. No ramo da confeitaria, em breve estará disponível a Arte Culinária, agora possível graças à doação de um fogão de seis bocas.
    No futuro, Eduardo pretende trabalhar com aulas gratuitas de inglês. O professor comentou que “temos a ajuda de assistentes sociais e psicólogas que farão um processo de triagem para quem não tem condições financeiras poder realizar o curso”.
    Reforço escolar no contra turno, para quem está com dificuldades na escola, é outro diferencial da instituição. O problema é que sua equipe não consegue dar aula para tantas pessoas porque há muitos alunos carentes que frequentam e não tem dinheiro para adquirir o próprio material. Para colaborar com as contas, o professor promove todos os meses eventos, como a festa do cachorro quente, pastel e jantares para a manutenção do local. Ele afirma que a maior dificuldade é pagar o aluguel todo mês, pois o espaço não é próprio. Doações de mantimentos para a realização dos eventos de arrecadação e materiais que são utilizados nas aulas são bem-vindos para a entidade.

    Atendimento

    O Celeiro de Artes atende até o momento 42 alunos fixos, desde crianças a idosos. Meninas pré-adolescentes e adolescentes da Casa Abrigo, instituição vinculada ao Conselho Regional da Criança e do Adolescente (Coreca), que acolhe pessoas em situação de vulnerabilidade, também frequentam as aulas. Alguns desses alunos também são provenientes de indicações de psicólogos. A intenção é trazer outras crianças de outras instituições e projetos, para oportunizar a elas acesso a arte, cultura e educação.
    Eduardo tem a expectativa de prestar 600 atendimentos por ano, sem contar às oficinas que são cursos rápidos de poucas horas que são outras atividades complementares do local. Além dos cursos, o professor distribui cestas básicas e faz visitas domiciliares a pessoas carentes, com as doações recebidas por voluntários.

    Diferencial do Celeiro

    A ideia é inédita na região, o projeto mais parecido com o Celeiro, denominado VASCO, é da cidade de São José do Rio Preto. E projetos como este não são apenas para formar artistas, de acordo com Eduardo, “é para formar o cidadão, o ser social e colocar responsabilidade nele desde pequeno, já que o aluno desfruta de algo que provém do trabalho de alguém, e num futuro, ele poderá ajudar outras pessoas também”.
    Eduardo ainda ressaltou que “de qualquer maneira as pessoas tem que lembrar que fazer o bem, faz bem, quando você faz o bem a alguém, é impossível você não ser o primeiro beneficiado. O serviço voluntário é o que move grandes projetos do nosso país. Cada aluno que entra aqui é uma esperança que aumenta, é uma semente, por isso que aqui se chama “celeiro”, que é o lugar onde você guarda a semente e depois você armazena o fruto. Ou aqui estão as pessoas que são sementes ou são aquelas que já se frutificaram”, finalizou Eduardo.



    O Celeiro de Artes é uma instituição sem fins lucrativos criada a partir de um projeto idealizado por um professor de artes


    Os fantoches utilizados nas aulas de teatro fazem sucesso com os alunos

     

     

  • Daniel Zílio

    Daniel Zílio, jornalista, que há 11 anos atua no ramo da comunicação, levando informação com ética.

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