ATENÇÃO: passeata promovida pela Prefeitura alerta a população para o combate ao abuso e exploração sexual infantil
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O mês de maio é marcado por possuir uma das causas mais nobres para se combater: o abuso e exploração sexual da criança e do adolescente. Pensando nisso, a Prefeitura de Jales, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, promoveu uma passeata e reuniu as Secretarias Municipais Saúde, Educação, Segurança pública e Mobilidade Urbana, Administração e Comunicação, Diretoria de Ensino; Polícia Militar, entidades assistenciais, Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), CRAS, CREAS, Associação Comercial e Industrial de Jales (ACIJ), escolas públicas e comunidade, partindo da Praça João Mariano de Freitas e passando pelas principais avenidas e ruas da cidade, com o objetivo de mobilizar a sociedade jalesense em defesa de crianças e jovens.
Participaram do evento a vice-prefeita e secretária de Educação, Marynilda Cavenaghi, os secretários municipais Pérola Fonseca Cardoso (Desenvolvimento Social), Nilva Gomes Rodrigues de Souza (Saúde), Reginaldo Viota (Administração), Douglas Zílio (Comunicação), Wagner Coneglian (Segurança Pública e Mobilidade urbana) e Manoel de Aro (Obras, Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano). Além de servidores públicos municipais de diversas pastas e alunos da APAE, EM João Arnaldo Andreu Avelhaneda e EE Juvenal Giraldelli e integrantes do Projeto Corpo e Mente em Movimento.
Antes da partida, a secretária Pérola Cardoso fez uso da palavra e lembrou que, “mais que um dever de cidadania, o combate à exploração sexual é uma responsabilidade da sociedade civil pelos direitos humanos dos nossos jovens”.
Durante o percurso, que recebeu apoio da Polícia Militar, percorrendo as avenidas Francisco Jalles e João Amadeu e as ruas 11 e 8, foi ressaltado que o dia 18 de maio foi escolhido devido ao episódio do “Caso Araceli”. Araceli era o nome de uma jovem garotinha de apenas 8 anos de idade, moradora em Vitória (ES), que teve todos os seus direitos violados, foi raptada de sua família, estuprada e morta por jovens de classe média alta daquela cidade. O bárbaro crime até hoje segue impune.
“Para impedir que atos como este se repitam, a Prefeitura, através dos órgãos municipais mobilizou a cidade para sensibilizar, informar, e convocar pais, alunos e professores a participar da luta em defesa dos direitos sexuais de crianças e dos adolescentes. Fizemos questão de durante todo o trajeto colocarmos a canção ‘Seu corpo é um tesourinho’, que conta a história de um pai conversando com a filha e alertando sobre a importância de relatar qualquer suposto abuso”, frisou Pérola.
É importante lembrar e ressaltar que o enfrentamento à violação de direitos humanos sexuais de crianças e adolescentes pressupõe que a sexualidade é uma dimensão humana, desenvolvida e presente na condição cultural e histórica de homens e mulheres, que se expressa e é vivenciada diferentemente nas diversas fases da vida. Na primeira infância, a criança começa a fazer as descobertas sexuais e a notar, por exemplo, diferenças anatômicas entre os sexos. Mais à frente, com a ocorrência da puberdade, passa a vivenciar um momento especial da sexualidade, com emersão mais acentuada de desejos sexuais.
Pérola enalteceu que “a nós adultos, além da responsabilidade legal de proteger, de defender crianças e adolescentes, cabe o papel pedagógico da orientação e acolhida. Precisamos superar mitos, tabus e preconceitos, oferecer segurança para as crianças e adolescentes possam se reconhecer como pessoa em desenvolvimento e se envolver coletivamente na defesa, garantia e promoção dos seus direitos”.
Os participantes da passeata e a população receberam uma “flor amarela”, símbolo da campanha Faça Bonito, de combate ao abuso e à exploração sexual infantil. A flor figura como uma lembrança dos desenhos da primeira infância, além de se associar à fragilidade de uma criança.
“Não apenas hoje, vamos continuar convocando a todos, famílias, escolas, sociedade civil, governos, instituições de atendimento, igrejas e mídia, para se comprometerem com o enfrentamento da violência sexual, promovendo e se responsabilizando para com o desenvolvimento da sexualidade de crianças e adolescentes de forma digna, saudável e protegida”.
Denúncia
O município conta com uma rede de proteção à criança e ao adolescente e as pessoas podem denunciar os abusos e a exploração sexual através do Disque 100, Conselho Tutelar (17 99602-7583), Polícia Civil (17 3632-3366) ou Polícia Militar (17 3632-1710). A ligação é gratuita e a denúncia pode ser feita de forma anônima. A pessoa também pode ir até o Conselho Tutelar ou em uma Delegacia de Polícia e expor o crime para posterior investigação.
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